sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Relatório diário referente ao dia 12/08


1.    Preço em NY, Londres e BM&F
Os fortes ganhos de NY foram correlacionados com informações sobre a chegada de frente fria e queda nas temperaturas nas regiões produtoras do Brasil. Rompimento de resistência disparou mais ordens de compra, e não à toa, o volume foi de 56.289 contratos negociados. Além do mais, a recompra de posições vendidas favoreceu a alta. Setembro/10 fechou em US$ 175,55 cents/lb, alta de 495 pontos. Hoje, conforme já avisamos ontem, vencem opções de set/10.
Londres subiu com baixo volume devido ao desinteresse da indústria e ausência de novas notícias. Os ganhos foram limitados devido a expectativa de safra elevada no Vietnã. Volume de negócios foi baixo, 15.683. Cobertura de posições vendidas sustentou o mercado. Setembro/10 encerrou em US$ 1.735/ton, aumento de 27 pontos.
BM&F foi favorecida pela defesa de posições de fundos em NY, dado o vencimento de opções. Alto volume, 3.312, impulsionou o mercado nacional. Setembro/10 terminou em US$ 209,45/saca, ganhos de US$ 7,00/saca.
2.    Fundamentos
As exportações de café do México recuaram 20% em julho de 2010, atingindo 187.131 sacas de 60 quilos, no comparativo com igual mês do ano passado. As informações partem do Ministério da Agricultura do México, segundo noticiaram agências internacionais de notícias. Julho é o décimo mês da temporada 2009/10, que vai de outubro de 2009 a setembro de 2010. A receita com as exportações de julho chegaram a US$ 40 milhões, levemente abaixo das US$ 41 milhões que o México somou em julho do ano anterior. Nos dez primeiros meses da temporada 2009/10, ou seja, no acumulado de outubro/julho, os embarques são de 2,24 milhões de sacas, 5,9% menos que as 2,38 milhões de sacas do mesmo período da temporada 2008/09. A receita com os embarques de outubro 2009 a julho 2010 no acumulado está em US$ 435 milhões, contra US$ 425 milhões emigual período da temporada 2008/09. (Safras)
3.    Mercado local
No mercado físico, a alta de NY estimulou apenas demanda acentuada para grãos melhores (bebida dura), enquanto que os de segunda linha (rio) não tiveram muito interesse de compra, permanecendo com preços estáveis.

4.    Câmbio
A pressão de novas notícias do exterior mostrando a fragilidade da recuperação econômica global levou o mercado doméstico de câmbio a um desmonte de posições vendidas, mas a perspectiva de que o fluxo continue positivo fez com que, no final, o dólar ficasse praticamente no zero a zero. De qualquer forma, os operadores acreditam que nesta quinta-feira a alta do dólar frente a outras moedas tenha sido um movimento imediatista porque, caso os Estados Unidos tenham que sucumbir à adoção de outras medidas de estímulo à economia, entendem que o dólar tende a se depreciar em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o número de trabalhadores que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 2 mil na semana até 7 de agosto, após ajustes sazonais, para 484 mil solicitações - o nível mais alto desde a semana encerrada no dia 20 de fevereiro deste ano. Os dados se somaram à redução no ritmo de crescimento da economia chinesa vista ontem e à queda na produção industrial da zona do euro divulgada hoje. No bloco europeu, a produção industrial recuou 0,1% em junho sobre maio, enquanto a expectativa era de alta de 0,5%. Anualmente, houve alta de 8,2%, ao passo que o consenso era de avanço de 9,1%, segundo a Dow Jones. No mercado local, a alta do dólar continua a encontrar limitador na perspectiva de fluxo de recursos ao País. O Banco Central decidiu fazer de manhã o leilão de compra no mercado à vista que tem feito diariamente desde 8 de maio de 2009. Para um operador, a decisão pelo horário pode estar ligada a algum fluxo de entrada que o BC soubesse e, por isso, a autoridade monetária decidiu se antecipar no enxugamento da liquidez. O leilão aconteceu por volta das 12h45 e a taxa de corte das propostas foi fixada em R$ 1,7697. Em encontro com a imprensa para apresentar o relatório de gestão das reservas internacionais, o diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmou que o BC ainda não tomou uma decisão sobre ofertar contratos de swap cambial reverso.. Dólar comercial ficou em R$ 1,774, apreciação de 0,23%.



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